segunda-feira, 11 de abril de 2011

Inaugurado hoje o Museu Natural da Electricidade

Abriu hoje ao público o Museu Natural da Electricidade.
Com este novo equipamento cultural o Município pretende dar a conhecer o passado, o presente e o futuro da produção de electricidade no Sistema Hidroeléctrico da Serra da Estrela, divulgando o património tecnológico, natural, social e cultural que lhe está associado.
Este Museu nasce a partir deste espaço onde hoje nos reunimos: a centenária Central da Senhora do Desterro, o primeiro aproveitamento hídrico, dos quatro existentes sobre o rio Alva, a ser instalado pela Empresa Hidroeléctrica da Serra da Estrela, hoje EDP, que permitiu que a 23 de Dezembro de 1909 a energia eléctrica chega-se a Seia pela primeira vez, um marco no desenvolvimento da região.
Estes acontecimentos foram de grande relevo para o concelho e marcaram o início de uma era de parcerias que o Município de Seia viria a estabelecer com a EDP, de que constituem exemplo o Contact Center de Seia, a cedência da Mata e Central Hidroeléctrica da Senhora do Desterro, agora Museu Natural da Electricidade.
Durante esta semana, em que a Europa constrói a Energia do Futuro, Seia reforça a sua vocação de Concelho referência em matéria ambiental, através do lançamento de acções promotoras da Energia Sustentável, impulsionando novas formas de mobilidade ou outras iniciativas sobre eficiência energética, desenvolvidas em parceria com a ADENE – Agência para a Energia, entidade qual a qual rubricará um protocolo nesta área.
Releva-se a era de parcerias que o Município de Seia tem vindo a estabelecer com a EDP. Desde a atitude verdadeiramente pioneira de instalar aqui o seu Contact Center, que emprega actualmente 300 pessoas, à cedência ao Município de 136 hectares que constituem o belo cenário que é a Mata do Desterro, local onde a Câmara pretende criar um parque geoecológico: a casa do clima e um parque de recreio e lazer, em complemento ao trabalho desenvolvido pelo CISE – Centro de Interpretação da Serra da Estrela.

Este novo espaço museológico tem condições para ser mais uma uma referência da região da Serra da Estrela e do concelho de Seia, em particular, à semelhança do impacto pedagógico, cultural e social que têm desenvolvido os restantes museus existentes em Seia: O Museu Nacional do Pão (Privado) e Museu do Brinquedo.
É preciso valorizar o que temos, apostando numa vertente cultural como afirmação do nosso desenvolvimento.
A Serra da Estrela tem uma potencialidade enorme para ser “vendida” durante os 12 meses do ano. Ou seja, aquilo que era a forma como a Serra da Estrela era “vendida” até aqui, num Turismo de Inverno com a questão da neve, é algo que não pode continuar acontecer, por diversas razões! Porque aquela questão que tornava de uma forma fácil a “venda” da Serra da Estrela por este motivo, hoje é muito mais difícil de acontecer. Em primeiro lugar, por causa da questão das alterações das condições climatéricas, que deixa territórios como o nosso muitas vezes dependentes sob o ponto de vista turístico de um produto que muitas das vezes deixa de acontecer naquele espaço temporal a que estávamos habituados. Por outro lado, a questão dos “low-costs” fez com que as pessoas sejam colocadas hoje em destinos muito próximos de nós e por valores muito concorrenciais com aquele que praticamos.
Este Museu insere-se num conjunto de infra-estruturas e equipamentos que têm uma atractividade muito própria. Nós temos a “jóia da coroa”, temos o Centro de Interpretação da Serra da Estrela, que tem uma enormidade de actividades, que conjugadas com aquilo que é o laboratório natural da Serra, podem fazer aqui coisas muito engraçadas, quer em termos do turista que é indiferenciado, que pode ser um defensor ou praticante do turismo de natureza, ou mesmo aquele que é um apologista das novas modalidades como é a questão do turismo científico. Depois temos uma rede de museus, que começa a ser construída, como já referi anteriormente. Tudo isto pode proporcionar a possibilidade junto daqueles que nos visitam de criar um conjunto de roteiros diferenciados, que lhes permite estar numa mesma zona durante um espaço temporal sem que se tornem repetitivos.

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